sábado, setembro 15, 2007
segunda-feira, setembro 10, 2007
Matraquilhos inovam e colocam terminais de cartão de crédito nas mesas
Sócrates, aqui já pouco se mexe e pouca é a vontade de se mexer. Há um ou outro matreco que se safa com uns tachos por fora, não fosse este um país de bons cozinheiros. Mas ambos sabemos que isso não é boa política.
A vida está má e poucos põem a moedinha. A precariedade chegou, infelizmente, às mesas de matraquilhos. Face a esta crise reagimos introduzindo uma inovação - pagamento por cartão de crédito nas mesas de matraquilhos. Este poderá ser um tiro de sorte ou o último suspiro dos matraquilhos, o tempo dirá.
A vida está má e poucos põem a moedinha. A precariedade chegou, infelizmente, às mesas de matraquilhos. Face a esta crise reagimos introduzindo uma inovação - pagamento por cartão de crédito nas mesas de matraquilhos. Este poderá ser um tiro de sorte ou o último suspiro dos matraquilhos, o tempo dirá.
Sócrates, o Matraquilho investiu é certo, mas se ainda hoje estivéssemos à espera do teu apoio estávamos bem tramados. Por outro lado os matraquilhos não querem com esta inovação contribuir para o já grande endividamento das famílias portuguesas. Vê lá isso e já agora fica de olho na variação das taxas de juro, assim como de muitas outras coisas.
Creio que tens muitos problemas para resolver, amigo Sócrates.
Creio que tens muitos problemas para resolver, amigo Sócrates.
Vá, toca a mexer ou queres que alguém te ponha uma moedinha?
segunda-feira, junho 11, 2007
Aldeias submersas
Vilarinho das Furnas
Pedra sobre pedra de granito cresci,
Sobre pedra de granito repousei.
Pedra de granito sob o céu senti,
No granito sob o céu cantei.
Sob o céu e mergulhada na água morri,
De pedra mergulhada na água permaneço.
Mergulhada na água e na memória de granito desapareço,
Na voz e na memória silenciada de quem em mim vivia adormeço.
Na memória de granito de quem conheci renasço,
Pedra sobre pedra de granito te abraço.
Aldeia da Luz
Luz velha submersa, à pressa.
Devagar veio a desgraça,
De quem afoga as lembranças
Em Luz nova sem graça,
Sem calçada gasta,
Sem memórias de quem lá vive e passa.
Luz nova, sem pressa,
Assim é na planície inteira.
Há também quem assim a queira,
Terra e gente submersa.
sábado, abril 14, 2007
O arco-íris, o sublime e o silêncio do Matreco
Estou de volta depois de umas férias de Páscoa rejuvenescedoras. Citando uma amiga minha, “o matraquilho resolveu sair das 4 linhas”, dos www’s, do HTML, dos zeros e uns do computador. Além disto, diga-se que a minha cabeça também não se insuflou nem de vontade, nem de inspiração para escrever. Antes quis dar um pontapé para o ar, para longe, muito longe da baliza, em roletas sucessivas, na tentativa de desentorpecer o corpo e o espírito.
Com tanta volta, acabei por levantar os pés do chão e levitar por instantes. Na verdade, não me apetece voltar a sentir tão cedo a poeira que se levanta lá em baixo, no “terreno de jogo” – que tinge qualquer sonho com as cores mais cinzentas e tristes da realidade, por parte de quem não vê há muito tempo um único arco-íris em plena planície alentejana, por exemplo. (Ver Foto)
Em vez da inspiração para escrever, surgiu a inspiração para viver. Sempre que se consegue traduzi-la em palavras é fantástico, pois pode entusiasmar e encorajar outros a fazê-lo também, não pelo mesmo caminho, mas apelando ao encontro de um outro – o de cada um de nós – o da integridade e estabilidade do EU. Daqui, talvez se encontre a inspiração para vivermos melhor com quem somos e com quem nos rodeia.. O Mundo é grande demais e mais vale tornar o “mundo” que nos é mais próximo num lugar melhor. Com tempo, o grande Mundo irá seguir as mesmas pisadas. Só depende de cada um.
Por sua vez, se de uma inspiração resultar uma experiência inefável, melhor! É porque o sublime e o silêncio nos tocaram, paralizando os nossos pensamentos, como se de uma meditação se tratasse. A meditação é isto mesmo – silêncio – o cessar do pensamento e ver beleza nas mais pequenas coisas (despojadas de nomes e qualidades). Tenho tentado fazê-lo, daí o meu silêncio...
Agora, aos poucos lá vou descendo, mas peço que não batam com os pés na terra poeirenta.
Schhhhhh... muita paz.
Os matraquilhos fazem meditação antes de entrar nas 4 linhas.
P.S: São efeitos secundários dos pólens da Primavera, mas aconselho todos a irem ao Alentejo nesta altura. Uma explosão de cores está prestes a desencadear-se por lá.
Com tanta volta, acabei por levantar os pés do chão e levitar por instantes. Na verdade, não me apetece voltar a sentir tão cedo a poeira que se levanta lá em baixo, no “terreno de jogo” – que tinge qualquer sonho com as cores mais cinzentas e tristes da realidade, por parte de quem não vê há muito tempo um único arco-íris em plena planície alentejana, por exemplo. (Ver Foto)
Em vez da inspiração para escrever, surgiu a inspiração para viver. Sempre que se consegue traduzi-la em palavras é fantástico, pois pode entusiasmar e encorajar outros a fazê-lo também, não pelo mesmo caminho, mas apelando ao encontro de um outro – o de cada um de nós – o da integridade e estabilidade do EU. Daqui, talvez se encontre a inspiração para vivermos melhor com quem somos e com quem nos rodeia.. O Mundo é grande demais e mais vale tornar o “mundo” que nos é mais próximo num lugar melhor. Com tempo, o grande Mundo irá seguir as mesmas pisadas. Só depende de cada um.
Por sua vez, se de uma inspiração resultar uma experiência inefável, melhor! É porque o sublime e o silêncio nos tocaram, paralizando os nossos pensamentos, como se de uma meditação se tratasse. A meditação é isto mesmo – silêncio – o cessar do pensamento e ver beleza nas mais pequenas coisas (despojadas de nomes e qualidades). Tenho tentado fazê-lo, daí o meu silêncio...
Agora, aos poucos lá vou descendo, mas peço que não batam com os pés na terra poeirenta.
Schhhhhh... muita paz.
Os matraquilhos fazem meditação antes de entrar nas 4 linhas.
P.S: São efeitos secundários dos pólens da Primavera, mas aconselho todos a irem ao Alentejo nesta altura. Uma explosão de cores está prestes a desencadear-se por lá.
sábado, fevereiro 03, 2007
...um pouco, no Porto
Impossível estar quieto!!
Resolvi, desta vez, aventurar-me no maravilhoso mundo technicolor do vídeo e pixel a cores!!
A sugestão foi dada por Bernardo Moura, autor de um blog despido, mas não de ideias, interesse ou pertinência. Ora vejam: http://www.cuaoleu.blogspot.com/
Apresento-vos então um vídeo do Porto. Pois, mais uma vez...
A verdade é que tem sido uma cidade incontornável no meu percurso pelo Norte e que me tem marcado, assim como, alguma gente que por lá anda e me acompanha neste meu encantamento pelo Porto, Gaia e arredores.
Façam umas pipocas e vejam o vídeo.
Os matraquilhos fazem grandes filmes!!
Resolvi, desta vez, aventurar-me no maravilhoso mundo technicolor do vídeo e pixel a cores!!
A sugestão foi dada por Bernardo Moura, autor de um blog despido, mas não de ideias, interesse ou pertinência. Ora vejam: http://www.cuaoleu.blogspot.com/
Apresento-vos então um vídeo do Porto. Pois, mais uma vez...
A verdade é que tem sido uma cidade incontornável no meu percurso pelo Norte e que me tem marcado, assim como, alguma gente que por lá anda e me acompanha neste meu encantamento pelo Porto, Gaia e arredores.
Façam umas pipocas e vejam o vídeo.
Os matraquilhos fazem grandes filmes!!
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Vamos cantar as Janeiras
“Vamos cantar as janeiras, vamos cantar as janeiras,
Por esses quintais adentro vamos, às raparigas solteiras. – BIS
Pá pa ra ra ri ri, pá pa ra ra ri ri, pam pam pam pam...”
Cá está mais um novo ano para viver e mais uma oportunidade para aprender a fazê-lo melhor. Aqui o matreco não pensa de outra forma. Pessoa, já dizia:
“Beber a vida num trago, e nesse trago todas as sensações que a vida dá em todas as suas formas…”
Fernando Pessoa é um dos “matraquilhos” mais irrequietos de que há memória. É espantoso como ainda hoje continuam a revelar-se pequenas peças de puzzle das suas multifacetadas dimensões, sempre que alguém resolve remexer o baú que ele nos deixou. Mas, Pessoa não é o único!!
Todos nós temos um “baú”. Seria bom se neste ano novo começasse-mos a aprender a revelar o que de bom se encerra em cada um de nós. A partilha decerto daria os seus frutos ao ponto de a meio do ano, já meio mundo estar de “baú” escancarado e preparado para sentir e guardar tantas outras coisas boas de quem vai passando por nós e, assim, aprender a ser um pouco mais feliz. Todos nós temos essa capacidade e será inútil procurá-la fora de nós, muito menos em coisas que tão depressa se materializam como depressa se desvanecem e desaparecem. Pergunto: o que é a felicidade senão alcançar o etéreo de todas as experiências que se vivem e sentem, desejando que este perdure insistentemente em nós, como um bom perfume fortemente impregnado no nosso corpo? Também se sabe que quem cai na soberba da felicidade pode esquecer-se que tem a capacidade de fazer com que outros também a encontrem, não lembrando que isso até poderá tornar-nos um pouco mais felizes. Enfim, onde eu já vou....
Passando da filosofia manhosa à prática, em Janeiro cantei as Janeiras!!! Uns fazem-no até ao dia de reis, outros como eu, até ao fim do mês, mas existe sempre a mesma alegria de cantar e desejar, ao próximo, um novo ano, com um “baú” recheado de coisas boas para dar e com muito espaço para receber. É um bom começo de ano novo, não?
Venha o vinho e o pão! Brindamos e cantemos à felicidade de todos, cara... que saber viver é uma arte com pouco tempo para aprender.
“Vamos cantar orvalhadas, vamos cantar orvalhadas,
Por esses quintais adentro vamos, às raparigas casadas. – BIS *
Pá pa ra ra ri ri, pá pa ra ra ri ri, Pam pam pam pam...”
Por esses quintais adentro vamos, às raparigas solteiras. – BIS
Pá pa ra ra ri ri, pá pa ra ra ri ri, pam pam pam pam...”
Cá está mais um novo ano para viver e mais uma oportunidade para aprender a fazê-lo melhor. Aqui o matreco não pensa de outra forma. Pessoa, já dizia:
“Beber a vida num trago, e nesse trago todas as sensações que a vida dá em todas as suas formas…”
Fernando Pessoa é um dos “matraquilhos” mais irrequietos de que há memória. É espantoso como ainda hoje continuam a revelar-se pequenas peças de puzzle das suas multifacetadas dimensões, sempre que alguém resolve remexer o baú que ele nos deixou. Mas, Pessoa não é o único!!
Todos nós temos um “baú”. Seria bom se neste ano novo começasse-mos a aprender a revelar o que de bom se encerra em cada um de nós. A partilha decerto daria os seus frutos ao ponto de a meio do ano, já meio mundo estar de “baú” escancarado e preparado para sentir e guardar tantas outras coisas boas de quem vai passando por nós e, assim, aprender a ser um pouco mais feliz. Todos nós temos essa capacidade e será inútil procurá-la fora de nós, muito menos em coisas que tão depressa se materializam como depressa se desvanecem e desaparecem. Pergunto: o que é a felicidade senão alcançar o etéreo de todas as experiências que se vivem e sentem, desejando que este perdure insistentemente em nós, como um bom perfume fortemente impregnado no nosso corpo? Também se sabe que quem cai na soberba da felicidade pode esquecer-se que tem a capacidade de fazer com que outros também a encontrem, não lembrando que isso até poderá tornar-nos um pouco mais felizes. Enfim, onde eu já vou....
Passando da filosofia manhosa à prática, em Janeiro cantei as Janeiras!!! Uns fazem-no até ao dia de reis, outros como eu, até ao fim do mês, mas existe sempre a mesma alegria de cantar e desejar, ao próximo, um novo ano, com um “baú” recheado de coisas boas para dar e com muito espaço para receber. É um bom começo de ano novo, não?
Venha o vinho e o pão! Brindamos e cantemos à felicidade de todos, cara... que saber viver é uma arte com pouco tempo para aprender.
“Vamos cantar orvalhadas, vamos cantar orvalhadas,
Por esses quintais adentro vamos, às raparigas casadas. – BIS *
Pá pa ra ra ri ri, pá pa ra ra ri ri, Pam pam pam pam...”
(Excertos da canção Natal dos Simples de Zeca Afonso)
*Ou a uma linda rapariga de outro estado civíl.
Os matraquilhos também sabem cantar!!
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