Estou de volta depois de umas férias de Páscoa rejuvenescedoras. Citando uma amiga minha, “o matraquilho resolveu sair das 4 linhas”, dos www’s, do HTML, dos zeros e uns do computador. Além disto, diga-se que a minha cabeça também não se insuflou nem de vontade, nem de inspiração para escrever. Antes quis dar um pontapé para o ar, para longe, muito longe da baliza, em roletas sucessivas, na tentativa de desentorpecer o corpo e o espírito.
Com tanta volta, acabei por levantar os pés do chão e levitar por instantes. Na verdade, não me apetece voltar a sentir tão cedo a poeira que se levanta lá em baixo, no “terreno de jogo” – que tinge qualquer sonho com as cores mais cinzentas e tristes da realidade, por parte de quem não vê há muito tempo um único arco-íris em plena planície alentejana, por exemplo. (Ver Foto)
Em vez da inspiração para escrever, surgiu a inspiração para viver. Sempre que se consegue traduzi-la em palavras é fantástico, pois pode entusiasmar e encorajar outros a fazê-lo também, não pelo mesmo caminho, mas apelando ao encontro de um outro – o de cada um de nós – o da integridade e estabilidade do EU. Daqui, talvez se encontre a inspiração para vivermos melhor com quem somos e com quem nos rodeia.. O Mundo é grande demais e mais vale tornar o “mundo” que nos é mais próximo num lugar melhor. Com tempo, o grande Mundo irá seguir as mesmas pisadas. Só depende de cada um.
Por sua vez, se de uma inspiração resultar uma experiência inefável, melhor! É porque o sublime e o silêncio nos tocaram, paralizando os nossos pensamentos, como se de uma meditação se tratasse. A meditação é isto mesmo – silêncio – o cessar do pensamento e ver beleza nas mais pequenas coisas (despojadas de nomes e qualidades). Tenho tentado fazê-lo, daí o meu silêncio...
Agora, aos poucos lá vou descendo, mas peço que não batam com os pés na terra poeirenta.
Schhhhhh... muita paz.
Os matraquilhos fazem meditação antes de entrar nas 4 linhas.
P.S: São efeitos secundários dos pólens da Primavera, mas aconselho todos a irem ao Alentejo nesta altura. Uma explosão de cores está prestes a desencadear-se por lá.
Com tanta volta, acabei por levantar os pés do chão e levitar por instantes. Na verdade, não me apetece voltar a sentir tão cedo a poeira que se levanta lá em baixo, no “terreno de jogo” – que tinge qualquer sonho com as cores mais cinzentas e tristes da realidade, por parte de quem não vê há muito tempo um único arco-íris em plena planície alentejana, por exemplo. (Ver Foto)
Em vez da inspiração para escrever, surgiu a inspiração para viver. Sempre que se consegue traduzi-la em palavras é fantástico, pois pode entusiasmar e encorajar outros a fazê-lo também, não pelo mesmo caminho, mas apelando ao encontro de um outro – o de cada um de nós – o da integridade e estabilidade do EU. Daqui, talvez se encontre a inspiração para vivermos melhor com quem somos e com quem nos rodeia.. O Mundo é grande demais e mais vale tornar o “mundo” que nos é mais próximo num lugar melhor. Com tempo, o grande Mundo irá seguir as mesmas pisadas. Só depende de cada um.
Por sua vez, se de uma inspiração resultar uma experiência inefável, melhor! É porque o sublime e o silêncio nos tocaram, paralizando os nossos pensamentos, como se de uma meditação se tratasse. A meditação é isto mesmo – silêncio – o cessar do pensamento e ver beleza nas mais pequenas coisas (despojadas de nomes e qualidades). Tenho tentado fazê-lo, daí o meu silêncio...
Agora, aos poucos lá vou descendo, mas peço que não batam com os pés na terra poeirenta.
Schhhhhh... muita paz.
Os matraquilhos fazem meditação antes de entrar nas 4 linhas.
P.S: São efeitos secundários dos pólens da Primavera, mas aconselho todos a irem ao Alentejo nesta altura. Uma explosão de cores está prestes a desencadear-se por lá.
6 comentários:
Gostei muito deste texto.
Grande Abraço
engraçado....tal como tu, ultimamente tenho andado com com um agradável e doce inspiração para viver!Será do tempo?OU será dos ares mágicos da nossa terra? :)
beijos
Faltam-me as palavras... talvez seja porque o sublime e o silêncio também me tocaram. De facto, um imenso arco-íris tem colorido o céu do meu mundo :)
Guardo o abraço para quando te encontrar a levitar fora das "4linhas".
Matreco,
Parabéns pelo teu texto. E já agora, dá-me lá um cantinho para dizer que:
afinal o Alentejo suspenso
… também no lago do jardim onde a lua nova se enrosca no tempo multiplicado por mil sóis.
E também nas roseiras bravas às moitas que se enleiam nos jasmins escondendo mais de dez, de vinte, de trinta eternidades de olival em verde degradé. E por fim o fino ouro da terra de ninguém e que ninguém reclama porque está na alma cravada, no mais absoluto e frágil sonho de Abril.
… também suspenso, o Alentejo, desde que soou e depois do adeus. Assim ficando. Extasiado nos sonhos prometidos pelas flores rubras de pétalas dobradas em sinos de catedrais de riso. Mas aqui foi possível inventar o sexto império, cantar o hino da alegria e venham mais cinco . Que guernica, essa, está presente em todos os arcos-iris da paisagens, afinal desenhadas e coloridas por Deus.
Antónia
Cara Antónia,
excelente texto.
Gostei mesmo muito!
Hugo,
o teu "site meter" desapareceu.
Abraço
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