terça-feira, julho 25, 2006

Boneca Insuflável

Podias ser cantora de ópera,
Quiçá outra Maria Callas!
Podias ser Jane,
Gritando por Tarzan!
Podias ter inspirado Edvard Munch,
Ao pintar “O grito”!
Podias ser marioneta de boca perra,
Ou máscara de tragédia Grega!
Podias ser Marília,
Eterna paixão de Bocage!
Mas, afinal és tudo isto...
E de todos, boneca insuflável!
Sua cabra!!

quinta-feira, julho 20, 2006

Israel - A cultura do ódio


Crianças israelitas escrevem mensagens "bombásticas" a crianças do Líbano.

É a cultura do ódio e do "olho-por-olho, dente-por-dente".
Assim, não vamos lá...


Os matraquilhos são adeptos da cultura da paz e ficam irrequietos com coisas destas.

quarta-feira, julho 12, 2006

Verão, tempo de amores e desamores.

Verão, tempo de amores e desamores, vá-se lá saber porquê??

Verão - o fenómeno, o sortilégio do calor que tem por efeito provocar uma exuberante tendência voyeur e de aproximação, convivência, embriaguês, paixão e nudez entre pessoas. De repente vem-me à cabeça uma questão deveras pertinente: qual o efeito da subida em 1 grau centigrado da temperatura global do planeta na exuberância e sex appeal de quem veraneia?? Uma bela pergunta para a menina da meteorologia.

Porquê esperar pelo Verão para sentir tal fenómeno, quando no Inverno o calor do corpo-a-corpo até se torna mais suportável e confortável? Ou será difícil resistir ao calor que nos faz libertar o efeito afrodisíaco do suor, fazendo despoletar o nosso instinto primário e animal de atracção ou repulsa para com o outro? A este respeito, é sabido que os pelos desempenham um papel importante, embora seja consensual entre Matrecos, não ser muito atractivo ver uma Matreca de pelo no sovaco. Mas lá está, se ao calor juntarmos o álcool propiciam-se efeitos alucinantes e hilariantes, então... ZÁS CATRAPAZ!!, o que outrora fora uma amalgama de pelos debaixo do braço, transforma-se num macio e confortável tufo de pétalas de rosa e eis que, num ápice, passas a desejar arduamente a Matraquilha, elevando-a com os teus braços em direcção ao céu e todas as estrelas do seu firmamento, rodopiando com ela até que, muito provavelmente e por fim, um dos dois se vomite todo. Já se sabe que o álcool sujeito ao movimento centrífugo não perdoa, mas a vida continua serenamente, pois os dias de Verão são longos, a tempo de curar a ressaca da noite anterior e pensar na "embriaguês amorosa” da noite seguinte. O amor é, decerto, um lugar estranho, mas o amor de Verão ainda mais estranho é, para mais quando se experimenta um sentimento de incredulidade ao acordar num lugar estranho, com alguém estranho.

Praia, esse lugar nada místico, mas de imensa paz onde tudo pode começar, ora realçando o nosso sentido protector colocando um pouco de protector solar nas costas de quem nos agrada, ora brotando palavras que o calor torna mais ardentes e melosas, que só amainam com um beijo, ou na pior das hipóteses, pedindo-lhe uma gotinha de água. Antes isso que levar uma grande banhada. A noite na praia traz outros encantos, contudo a frescura do passeio pelo areal aconselha a troca de protector - uma camisinha, não vá alguém ficar “queimado”.

Oh! Verão, tempo de amores e desamores. Vá-se lá saber o porquê desta perpétua dicotomia de resultados tão imprevisíveis, como por exemplo: ter um caso com alguém que tem um caso sério e que, por pouco, se torna num caso muito sério, ou deixar esta trapalhada toda e experimentar a frontalidade, o liberalismo, o sentido prático da emancipação sueca e querer desejar viver como um alce em tempo de cio– espojando a nossa essência em tudo quanto é buraco. Afinal, qual a razão para tanta loucura que pode levar-nos ao ponto de embalar-nos numa viagem de milhares de quilómetros em busca de alguém e, tudo isto, para ter tudo, ou apenas um carinhoso beijinho? Este ultimo desfecho não agrada a ninguém, é incompreensível e sabe a pouco, porque afinal de contas, é Verão!!!

Ai...*(suspiro) amores de Verão, quem não os tem?! Uma paixão que nos toca, mas não se sabe bem como e que desta mesma forma desaparece dando lugar a algo maior – o amor, que curiosamente é capaz de ter a sua maior virtude na tendência de ver o menos bom do outro como algo menor. Porém, para um amor de verão, o mais certo é seguir o fatalismo de tantos outros – acabar até Setembro e abraçar vertiginosamente o Outono. Sempre se poderá apanhar as folhas que caem e conservá-las com amizade, ou passar por cima delas, mas porque fica sempre algo e porque é quase sempre assim, procuro apanhar as folhas que caem, os amores que se esvaiam. Vá-se lá saber porquê?

Os matraquilhos adoram o verão!!