sexta-feira, maio 05, 2006

Portugal - um petrodependente em combustível automóvel


Podia ser um matraquilho egoísta e dizer: O que será de mim sem aquele produto refinado que me faz movimentar freneticamente, sem que fique encravado? Porém, não sou o único matraquiho no mundo e será sempre melhor ter mais que uma opção para os desafios que surgem.

Penso cada vez mais que seria benéfico ao Estado e a todos nós pôr-mos fim a tamanha dependência do petróleo. Pergunto qual a razão de não se apostar no desenvolvimento de novos combustíveis menos poluentes em alternativa à gasolina e ao diesel? Aliás, muito à semelhança do que se faz no Brasil, nos Estados Unidos, mas também na Suécia e Alemanha, onde o uso do etanol se tem afigurado como uma óptima solução económica e ambiental. Uma boa referência é o enorme crescimento nestes países de vendas de veículos amigos do ambiente. Para se ter uma ideia mais concreta do que estou a dizer, refira-se que 80% dos Ford Focus vendidos na Suécia são movidos a Bioetanol.
Portugal não tem para a produção do etanol a cana de açúcar que tem o Brasil, no entanto temos o trigo, a partir do qual se extrai um derivado que só por si é combustível, mas que adicionado ao etanol resulta no conhecido Bioetanol. Se o uso deste combustível colhe já muitos adeptos, o que dizer então da utilização do hidrogénio do qual se obtém como produto da sua combustão a fabulosa molécula H2O!? Só de pensar nesta possibilidade tenho água na boca. Além destas alternativas, quem já não ouviu falar de alguém que frita óleo vegetal no motor do carro?
Se existe no país um Ministério de Inovação, se o Governo tanto aposta no choque tecnológico, se é desejável Portugal ser um país com menores emissões de gases poluentes, se o Governo tanto deseja gastar menos e melhor, se todos nós portugueses achamos que se gasta de mais em combustível automóvel, pergunto por que não inovar investindo no estudo, produção e implementação de novos combustíveis? Por que não a GALP entrar também neste processo? Dever-se-á insistir na construção de mais refinarias, quando o preço do petróleo se torna insustentável?
A mudança de sentido da política energética, não seria apenas um choque tecnológico, mas também a afirmação por uma maior independência e auto-suficiência. Por fim, seria menos uma inquietação para o país sempre que se fala numa crise no Médio Oriente, ou num qualquer outro lugar de ouro negro.

Agora, podes colocar uma moedinha nos matrecos, mas para bem do jogo põe antes óleo vegetal, de uma marca qualquer e usado, de preferência.

Ver o link The Free Fuel Trial na barra ao lado.

3 comentários:

Anónimo disse...

Dá-lhes com força matreco!

MARADONA (SNIF, SNIF)

Anónimo disse...

Nice! Where you get this guestbook? I want the same script.. Awesome content. thankyou.
»

Anónimo disse...

Nice! Where you get this guestbook? I want the same script.. Awesome content. thankyou.
»